Trump propõe domínio dos EUA sobre Gaza e gera revolta

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O anúncio do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que o país deveria “assumir” a Faixa de Gaza gerou indignação ao redor do mundo. A proposta, que envolve a relocação da população palestina e a reconstrução da região sob domínio americano, foi amplamente condenada por líderes políticos, organizações internacionais e ativistas.

Grupos pró-palestinos protestaram em frente à Casa Branca, em Washington, entoando frases como “Donald Trump pertence à prisão!” e “A Palestina não está à venda!”. O movimento de contestação se espalhou por outras partes do mundo.

O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, classificou o plano como um ato de “limpeza étnica”, alertando que sua implementação inviabilizaria a criação de um Estado palestino. O representante palestino na ONU, Riyad Mansour, reforçou que a Faixa de Gaza é parte da Palestina e que os palestinos devem ter o direito de permanecer em sua terra.

O governo da Arábia Saudita reafirmou seu compromisso com a criação de um Estado palestino independente, tendo Jerusalém Oriental como sua capital, e declarou que não estabelecerá relações diplomáticas com Israel sem essa solução. Outros países árabes, como Egito, Jordânia e Catar, enfatizaram que a única solução viável para o conflito é a coexistência de dois Estados.

Dentro dos Estados Unidos, a proposta de Trump foi criticada por congressistas democratas. A deputada Rashida Tlaib acusou Trump de defender abertamente a “limpeza étnica”, enquanto o senador Chris Murphy classificou a ideia como “uma piada de mau gosto”. Por outro lado, senadores republicanos evitaram comentários diretos sobre a proposta.

Durante o anúncio, Trump afirmou que os EUA têm “responsabilidade” sobre Gaza e prometeu transformar a região em um polo econômico. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, elogiou Trump, chamando-o de “o maior amigo de Israel na Casa Branca” e reafirmando sua intenção de garantir a vitória militar de Israel.