Banimento do TikTok nos EUA é mantido pela Suprema Corte

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A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu a favor da lei federal que proíbe o TikTok de operar no país caso não seja vendido pela empresa controladora chinesa, ByteDance, até 19 de janeiro. A decisão reforça a preocupação do governo norte-americano com questões de segurança nacional, ao mesmo tempo em que rejeita alegações de violação da liberdade de expressão.

Elizabeth Prelogar, representante do Departamento de Justiça, argumentou que o controle do TikTok pela ByteDance representa uma “ameaça significativa”, permitindo que o governo chinês utilize dados de milhões de usuários americanos para espionagem e manipulação. Com 270 milhões de usuários no país, a plataforma é uma das mais influentes, especialmente entre jovens.

A medida tem causado divisões políticas. Apesar de ter sancionado a lei, o governo Biden enfrenta agora a oposição de Donald Trump, que assumirá a presidência na próxima semana. Trump, em um movimento inesperado, defende a permanência do TikTok, desde que haja negociações para garantir a segurança digital.

A decisão também impacta economicamente o TikTok, seus anunciantes e criadores de conteúdo. A empresa alega que a proibição prejudica direitos constitucionais e afeta diretamente seus 7.000 funcionários nos EUA.

Enquanto a ByteDance busca um comprador nos Estados Unidos, o governo Trump avalia uma possível prorrogação do prazo caso haja avanços nas negociações. A disputa reflete a complexidade das tensões sino-americanas e o papel das redes sociais em um contexto global cada vez mais interconectado.